5 de outubro de 2012

Colcha de Retalhos no blog Literarialma

Compartilho com vocês a resenha do livro publicada por Ana Paula Scolari, escritora, amiga e parceira no blog Concursos Literários.


Resenha do Livro Colcha de Retalhos de Rodrigo Domit
por Ana Paula Scolari


Hoje, os meus elogios são todos para o escritor Rodrigo Domit e para o seu aconchegante livro de contos, crônicas e prosas poéticas de título "Colcha de Retalhos". É redundância dizer isto, mas o Rodrigo é um escritor muito talentoso, além de uma pessoa maravilhosa e generosa. O fato é que, quando abri as páginas, fiquei encantada com o que vi. Em cada pequeno retalho, Rodrigo bordou cuidadosamente uma surpresa. Encontrei alguns afagos e um pouco de verdade crua, mas tudo arrematado com muito bom humor. Um dos dons do meu amigo Dom é ser ácido sem deixar de ser doce.

Então, fui desvendando mais e mais aquele emaranhado de coisas fantásticas, de sabedoria e de experiência de vida. Alguns retalhos, os mais "coloridos", arrancaram de mim gargalhadas, como "Experiência", "Naturalmente, Carnívoros" e "Nada a Perder". Alguns, mais "acinzentados" me fizeram pensar, como foi o caso de "Indispostos", "Fuga" e "Ditadura do Silêncio". Mas eu suspirei mesmo com os retalhos de amor, aqueles com "formato de coração", como os lindinhos "Todo Dia" e "Espaço". Por fim, criei tanta intimidade que passei a chamá-lo carinhosamente de "Colcha". O Colcha vai comigo aonde vou, dentro da minha bolsa. Faz companhia na espera do consultório e nas filas. Todos ficam a me observar curiosos, imaginando o que há dentro daquela capa colorida que causa em mim tantas reações diferentes.

Trata-se de um livro de textos curtos, mas profundos e que fazem refletir. Não é à toa que: recebeu o primeiro lugar no Prêmio Utopia de Literatura em 2010, organizado pela Utopia Editora, de Brasília; foi finalista do Prêmio Nacional SESC de Literatura, em 2008, e que foi o terceiro colocado na categoria livros de contos do Concurso Internacional promovido pela União Brasileira de Escritores (UBE-RJ), em 2012. O fato é que o frio da solidão simplesmente vai embora quando abro o meu "Colcha".

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